sexta-feira, 11 de abril de 2014

Cap. 31 HS



— Não tenha tanta certeza disso. Acho que vou jogar tudo para o alto, e correr para uma praia.
— Não posso imaginar o grande Harry Styles como um vagabundo de praia.
— Tudo de que preciso é da mulher certa para levar junto.
— Isso não vai ser difícil — ela respondeu, sem pensar — Tenho certeza de que Cher ficará muito feliz em ir com você.
— O quê? Ela, desistir da carreira? Você não conhece Cher, querida.
— Bem, deve haver um montão de outras garotas menos exigentes! Tenho certeza de que a Perrie, por exemplo, gostaria muito de ir junto.
— E você, é muito exigente? — ele perguntou, num tom provocador.
— E isso tem alguma importância? Você não me convidou, não é?
— Teria sentido eu convidar? Você está sempre fazendo comentários de que eu estou atrás do seu dinheiro. — Os olhos dele estavam frios e brilhantes.
— Não faço nada disso — defendeu-se, sabendo que era mentira.
— Você é a pior mentirosa do mundo. Ainda não descobriu que eu leio seus pensamentos? — ele perguntou, sorrindo.
Se lesse meus pensamentos, estaríamos em outro lugar e não aqui, pensou. Em algum lugar aconchegante e quieto... Mas disse coisa bem diferente.
— Se você lesse meus pensamentos, ficaria contente por se livrar de mim. Afinal, não disse que eu sou uma pessoa vingativa?
Em resposta, ele se afastou um pouco mais, tirou a mão dela do seu ombro e olhou cuidadosamente.
— Que surpresa... não está segurando uma faca. — Riu e tornou a abraçá-la.
— Não costumo usar facas em público.
— Quer ir a algum lugar em particular?
— Não, obrigada.
— Está bem. Quer fugir para alguma praia?
Sim! Sim! Era o que queria dizer. Mas ele estava apenas brincando, como sempre fazia com ela.
— Pensei que você fosse levar Cher. Eu iria atrapalhar.
— Não falei que ia levar Cher... foi você quem falou. Precisa arranjar uma desculpa melhor do que essa.
— Qualquer desculpa é melhor do que nada. Além do mais, você não está falando a sério; portanto, não faz a menor diferença.
— Quem disse que não estou falando a sério? — ele estava estranhamente calmo, mas obviamente ia insistir naquele assunto, até que ela lhe desse a resposta desejada.
— Não pode estar. E há outro problema: vai ter que dar um mês de aviso prévio, e, até lá, eu já terei ido embora e estarei no meu novo emprego.
Ele a trouxe para mais perto e lhe acariciou as costas.
— Pare de me alisar! Não sou nenhum gato! —: falou, lutando para se livrar dele.
— Então, pare de lutar comigo — ele disse, imperturbável. — Isso é uma dança, e é o homem quem costuma conduzir.
— O que eu acho uma grande bobagem.
Ele riu, e depois, rapidamente, mudou de posição, fazendo-a passar o braço em sua cintura.
— Está bem.   Então, agora você me leva — disse, rindo do desconforto dela. — Mas estou avisando: é difícil não pisar nos pés das pessoas, quando se está conduzindo.
— Eu preferia lhe dar um chute na canela — ela respondeu, tentando seguir o ritmo da música. Foi um desastre, desde o começo. Sentia como se arrastasse um saco de areia. Tropeçaram, bateram nos outros pares e quase caíram. Ele ria, e isso só servia para deixá-la mais zangada.
No final da música ele estava com o rosto vermelho de tanto rir, e ela também, mas de pura raiva.
— Você é um dançarino horrível — disse, furiosa. — E não vou convidá-lo mais. — Virou-se e voltou para a mesa, deixando-o sozinho na pista.

Ela pegou a bolsa ao passar pela mesa e saiu quase correndo para a toalete. Chegou lá corada, quase em lágrimas e deu com uma Cher calma e alegre.
— Você esteve brigando com ele novamente — disse a morena, sacudindo a cabeça.
Aquilo foi à gota d'água. (S/N) trancou-se num dos reservados, já batendo a porta, e deixou as lágrimas correrem. Levou um tempo enorme para se controlar. Finalmente, sentiu-se disposta a voltar ao salão, mas estava com os olhos inchados e não tinha nenhuma maquiagem para disfarçar. Não precisava voltar, pensou. Tinha deixado o xale pendurado atrás da cadeira, mas não fazia mal. Simplesmente, não podia encara-lo. Não naquele lugar. Eleanor ia notar o xale e o levaria para casa. Se não... não tinha importância. Era um preço baixo para se livrar de mais problemas.
Demorou só um momento para chegar ao corredor e chamar um táxi. Quando o carro chegou e ela começou a descer a escada, sentiu uma mão segurar seu braço, e teve que parar.
— Eu deveria ter percebido que você é do tipo que foge — Harry disse, sorrindo.
— Não... não sou — respondeu, incapaz de encará-lo.
Ele a levou de volta para dentro do hotel. Depois, voltaram à festa, como se nada tivesse acontecido. A mesa deles estava vazia. Todos dançavam, e ele sentou-se diante dela, segurando-lhe a mão.
— Agora escute, mocinha. Essa bobagem tem que terminar. Ou você me diz o que a preocupa e resolvemos tudo, ou procura se controlar. Não me importo que você mostre um pouco do seu temperamento, mas essas besteiras infantis são demais para o meu
gosto.
— O que você sabe sobre o meu temperamento? De qualquer modo, não é da sua conta. Estou cansada de receber ordens suas.
— Diga-me o que eu fiz que a deixou tão zangada.
— Nada.
Harry apertou mais o pulso dela.
— Não minta para mim. Não adianta nada, querida, porque eu sempre pego as suas mentiras.
Ela continuou em silêncio, sabendo que as lágrimas iam cair, se tentasse falar.
— Certo — ele disse, finalmente. — Se é isso o que você quer... Foram interrompidos pela volta de Cher e Niall. Apesar de ele parar de falar, não largou o pulso dela, segurando-a com mais força, impedindo que aproveitasse a oportunidade para escapar.
— Vocês dois brigam muito — disse Cher, fazendo com que o coração de (S/N) ficasse pesado. — Bem, não vamos atrapalhar, listamos indo embora. — Deu um beijo em Harry. — Boa noite, querido. E boa sorte nas brigas.
Mal percebeu o beijo que Niall lhe deu, e logo o casal saía de braço dado. Pensava que Cher tinha vindo à festa com Harry e sentiu-se confusa.

Os outros voltavam para a mesa e Harry se isolou num silêncio pensativo. Quando a música recomeçou, ele convidou Eleanor e deixou (S/N) livre para dançar com Louis. Só na última música voltou a dar atenção novamente para ela e a levou para dançar.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

RECADINHO!

Amores! Como estão? 
Aqui é a Veeh' estou bem espero que vocês também.

NOVAS ATUALIZAÇÕES em :
Mini Imagines &
Mais um capitulo da fanfic do Louis ( All you need is love), espero que gostem.
Confiram lá!

SÓ PRA AVISAR:
Agora que estou trabalhando ando realmente sem tempo de atualizar o blog, então se houver demora nas postagens de capítulos de qualquer uma das fanfics (do Harry ou do Louis) é por isso, espero que me desculpem mais vou tentar atualiza-lo sempre que der.

A Manny não está postando Imagines pois ela anda ocupadíssima com a faculdade e as provas. Mais novos imagines estão vindo por ai, aguardem.




MALIKISSES, STYLESKISSES e muitos HORANHUGS e PAYNEHUGS.

BOOBYE!


Cap. 17 AYNIL




Já era rotina eu ensaiar uma apresentação por dia, hoje era o solo, amanha seria as barras e assim vai e no final do dia sempre ensaiava um pouco dos meus saltos na trave de equilíbrio ou no cavalo, pois eu achava que era melhor aperfeiçoar todo dia.

Depois de um tempo de intervalo e umas boas doses de fofocas com a Mari sobre o Lou, o rápido beijo, e o quanto eu queria que o Louis tivesse ficado pra ver mais eu deixei ele na frente do colégio, entrei e nem tinha perguntado se ele queria ver. 

Já faltando uma hora pro final dos meus ensaios de hoje fui para a trave de equilíbrio, estava tudo ocorrendo bem, me equilibrava como a treinadora falava e mostrava.


Estava me preparando pro meu salto que seria usado no final da apresentação, finalmente dei o salto estava terminando de me equilibrar em cima da trave.


De repente um monte de flashes começaram, eu estava ficando praticamente cega e a gritaria do povo mandando os fotógrafos embora me deixou zonza. Só senti quando minhas pernas bobearam na trave e fui de costas e cabeça no chão, tudo estava doendo então eu apaguei.

                Acordei em uma sala mal iluminada e com cheiro de desinfetante de limpeza, estava na enfermaria do colégio, Jess estava lá adormecida com a Mari no pequeno sofá, eu mal me lembrava do que tinham acontecido só que tinha muitos flashes, uma queda, eu acordando com a treinadora do lado e dizendo que estava tudo bem e depois apaguei de novo e agora estou aqui. Já não sinto dores de cabeça mais estava ainda zonza devia ser por causa dos remédios.

Eu: Mari o que aconteceu?_ Logo Jess despertou e acordou a Mariana junto.
Mari: Graças a Deus, você está bem, como se sente?
Jess: Calma Mariana a deixa processar uma pergunta de cada vez.
Mari: Eu fiquei tão assustada.
Eu: Calma minha baby, estou bem não sinto nada.
Jess: Agora podem me dizer o que aconteceu? Cheguei atrasadíssima hoje e tava esse alvoroço todo, e a Mari chorando não explica nada com nada.
Eu: Hehe, eu não me lembro bem só vi uns flashes.
Treinadora: Ah você acordou S/N, que bom. Não sei como aqueles fotógrafos entraram aqui e nem o porquê mais a segurança foi reforçada e eles estão proibidos de entrarem aqui.
Eu: Obrigada treinadora, será que eu já posso ir para casa? Minha mãe deve está preocupada.
Treinadora: Já avisei a ela, e já disse que você estava bem só adormecida.
Eu: Obrigada mesmo.
               
                A enfermeira me deu alta e fui com Mari e Jess para casa, elas me contaram tudo depois que elas me deixaram na porta foram embora e quando entrei em casa minha mãe vem me abraçar.

Mae: Graças a Deus S/N. Eu fiquei tão preocupada. Quando me ligaram me dizendo que você tinha batido a cabeça e tinha desmaiado quase que morro.
Eu: Já passou mãe, não foi nada estou bem melhor.
Mãe: S/N fiquei sabendo que eram paparazzi é verdade?
Eu: Parece que sim mamãe.
Mãe: Eu odeio está dizendo isso mais... eu quero que pare de andar com o Louis ou qualquer outro dos meninos da 1D.
Eu: Mais por quê? NÃO! Eles não têm culpa de nada.
Mãe: S/N esses paparazzi nunca que iam atrás de você se não fosse por eles.
Eu: Eu não ligo pra esses fotógrafos. Mais me desculpe eu não vou parar de ver eles. EU AMO ELES, e desculpe. _ Subi as escadas correndo os olhos em lagrimas mais eu realmente não ia me afastar de nenhum, principalmente do Louis. Ouvi apenas quando minha mãe gritou para eu ter cuidado correndo daquele jeito.



                Trancada no quarto eu desabei atrás da porta, eu tinha feito novos amigos e posso dizer sim eu me apaixonei pelo Lou, pronto admiti, sei que ele gosta um pouquinho de mim e que não vamos da certo mais e dai? Pelo menos éramos amigos. Eu não ia deixa de vê-lo nunca. Meu celular toca em algum lugar na minha bolsa com a visão ainda embaçada leio a mensagem.

“Como você está?
Vi uma noticia de hoje em um site mais resolvi conferir.
É verdade? Desculpe-me. Xx, Lou.”

Era uma mensagem, ele tinha visto algo e em algum site, levantei do chão e fui ligar o pc, enquanto ele ligava mandei uma mensagem dizendo que estava bem e não precisava de desculpas. Ele respondeu e pediu novamente desculpas. Coloquei na aba de pesquisa as ultimas noticias sobre o Louis e a manchete em destaque eram fotos nossa, do nosso beijo na frente do colégio e eu em cima da trave de equilíbrio e eu no chão. Notícias mentirosas falando da suposta traição do Lou, da tal Eleanor e do meu pequeno acidente, em nenhuma eles disseram que a culpa tinha sido deles pela minha queda.


                Revoltada por eles não deixarem ninguém ter privacidade eu desliguei o pc e me joguei na cama, como eles poderiam inventar tantas coisas de gente que eles nem conhecem. E essa Eleanor? Quem ser? Eu pretendia descobrir e não iria deixar passar mais nenhum tempo. Mandei uma mensagem pro Lou perguntando se ele tinha namorada esperei pelo menos uns 20 minutos mais ele não respondeu mais nada. Ele tava me escondendo isso, eu deveria saber que ele era comprometido, eu nunca que deveria ter beijado ele.

sábado, 5 de abril de 2014

Cap. 30 HS



Ouviu uma batida forte na porta do apartamento, mas achou que fazia parte do seu sonho. Antes de conseguir se levantar para atender, a porta se abriu e Harry Styles entrou, zangado.
Ele parou, olhando para ela, e depois apontou para a corrente de segurança da porta.
— Para que você acha que essa coisa serve? É puro enfeite? Droga, mulher, qualquer um pode entrar aqui, quando quiser!
— Tenho certeza disso — respondeu, também zangada. — O que você quer?
— É óbvio que vim ver por que você não está na festa.
— Acho que isso não é da sua conta. Acontece que dormi.
— Soube que você estava com dor de cabeça, ou resfriada, ou qualquer destas doenças convenientes que as mulheres costumam inventar. Mas vejo que se vestiu para a festa.
— Claro que me vesti para a festa. E já estaria lá, se não tivesse dormido.    
— Então, por que todas aquelas desculpas que Eleanor deu sobre a sua dor de cabeça e febre? Até parece que você estava querendo se convencer para não ir.
— E por que eu faria isso?
Harry deu de ombros e a olhou, com ar de dúvida.
— Como posso saber? Mas agora não tem mais importância, já que está pronta para ir. — Pegou a bolsa e o xale dela. — Vamos. Você está muito atrasada.
— Sou perfeitamente capaz de ir sozinha — respondeu friamente. — Vou no meu carro.
— Você vem comigo — ele disse, com rispidez, e segurou seu braço. — Garotas que dormem com a porta do apartamento aberta não são dignas de confiança para dirigir à noite. Além do mais, você pode ter outro ataque dessa doença imaginária.
— Tire as mãos de mim! Não sou uma criança e não quero receber ordens de você. Não é da sua conta se eu vou ou não.
— Mas claro que é da minha conta. É a festa do escritório, e sou o chefe. Se você não aparecer, o pessoal vai pensar que a culpa é minha, que não tenho coração.
— E daí? Talvez seja verdade. De qualquer modo, não vou entrar naquela festa com você, principalmente porque já é tarde. Algumas pessoas podem ter idéias erradas. Como Cher Lloyd, por exemplo. O riso dele foi sincero.
— Não precisa se preocupar com ela — disse, e o coração dela ficou pesado como uma pedra. Ele dirigiu em silêncio até o hotel, onde seria realizada a festa. Ajudou-a a saltar e pediu que esperasse por ele, enquanto estacionava.
Esperar por ele! Esperaria o resto da vida, se Harry lhe desse algum bom motivo para isso. Mas não via nenhuma lógica em esperar por ele, para entrar numa festa. Apertando a bolsa nas mãos trêmulas, caminhou para a porta. Harry chegou ao seu lado e entraram juntos.
Ao entrar no salão, viu que seu atraso não seria percebido. Observou a mesa e viu, surpresa, que Cher Lloyd estava ao lado de Niall e que havia uma cadeira vazia junto de Eleanor e Louis. Niall, não estava tendo nenhum problema com a sua companheira de mesa. Levou Cher para dançar, e ambos pareciam se divertir muito. Quando voltaram à mesa, Harry convidou à morena. (S/N) dançou com Niall, Louis, Zayn, Liam e vários outros. Mas todo o tempo não tirava os olhos de Harry.
(S/N) saiu discretamente e foi ao toalete, para evitar que Harry a tirasse para dançar. Mas, ao voltar, ele estava sozinho na mesa, olhando para a pista, e nem pareceu notá-la.
Certa de que ele observava Cher dançando com Niall, ela tentou seguir seu olhar disfarçadamente. De repente a expressão dele mudou, e ele trocou um olhar significativo com Cher, que flertava abertamente com o irlandês.  Sentiu ciúme, raiva, e também sentiu pena de Niall, que não percebia a intimidade daquela mulher com o homem que estava sentado a seu lado.
Conversava com Els, quando começou uma nova seleção, músicas mais lentas. Imediatamente, sentiu uma mão em seus ombros. Antes mesmo de ser virar, sabia quem era.
— Quer dançar comigo, agora? — Harry perguntou, gentilmente mas parecia mais uma ordem do que um pedido.
Quis recusar. Não conseguiu falar nada, e, quando percebeu, já estava sendo conduzida para a pista. A princípio ficou tensa, dançando mal, preocupada em se manter afastada do corpo de Harry. Mas, à medida que as músicas foram ficando mais lentas, e a pista mais cheia, foi empurrada contra ele, que a segurou com firmeza. Harry continuou a abraçá-la, até a música recomeçar.
Sentiu o braço dele ficar mais firme em sua cintura, puxando-a para mais perto. De repente, percebeu que já nem escutava mais a música, apenas seguia os movimentos dele, como se fosse parte daquele homem.
— Quero que termine de fazer a carta de referências, para que eu consiga um emprego. Será a primeira coisa que pretendo fazer no ano que vem.
— Ainda não mudou de idéia? Eu esperava que mudasse, porque já lhe disse que não precisa deixar o emprego.

— Um de nós dois precisa sair. E sou eu.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Cap. 29 HS



(S/N) estava preparando uma história, e esperava apenas um telefonema para terminá-la. Não havia urgência, pois era uma notícia para o dia seguinte. No entanto, queria continuar ocupada e sabia que, se não
conseguisse a informação naquela noite, poderia perdê-la.
Ainda estava esperando na sala, quando todos saíram. Os rapazes para o bar, e Harry para dirigir a apresentação do noticiário. Ficar sentada, desejando que o telefone tocasse antes de ele voltar. Então, porta se abriu.
— Você está atrasada com o trabalho, ou se comportou mal e ficou de castigo?
Virou-se e deu com Cher Lloyd.
— Estou só esperando por um telefonema.
— Ah! E onde se meteu o super-homem? Ainda não terminou com as notícias de hoje?                                                                  
— Eu... não sei... — A resposta dela foi interrompida, estendeu a mão para diminuir o som da tevê.
— Não, não desligue — Cher pediu. — Eu queria mesmo ver aquela exposição.
Embaraçada, (S/N) abriu um jornal e fingiu que lia. Enquanto isso, observava o rosto de Cher, imaginando como a outra iria reagir quando Harry aparecesse no filme. Uma risada respondeu às suas dúvidas.
— Ora, (S/N), ficou ótimo! Você devia estar orgulhosa: tem muito mais coragem do que eu. Nem posso esperar para ver a cara dele. Aposto que ficou uma fera, não? Tem sorte por ele não ser uma pessoa vingativa; senão, passaria o resto da vida fazendo a cobertura da assembléia legislativa.
— E quem disse que ele não vai fazer isso? — Harry perguntou da porta. Aproximou-se e deu um beijo leve no rosto de Cher. — Por que ainda está aqui, (S/N)? Cher vai pensar que sou um feitor. (S/N) explicou sobre o telefonema, mas ele pareceu não se interessar.
— Não é nada tão importante para que você fique aqui. Se não conseguir terminar a reportagem amanhã, esqueça o assunto. Pode ir para casa.
A moça não precisava de outro convite. Pegou a bolsa e correu para a porta. Só quando chegou ao carro, reparou que Cher lhe havia dito "até sábado à noite".
— Oh, não: a última coisa que desejava era comparecer à festa de Natal do estúdio. Principalmente, porque não queria passar a noite vendo Harry e a outra juntos.
Todos passaram a sexta-feira ocupados com os últimos preparativos da festa de Natal. Querendo ou não, (S/N) participou de discussões sobre vestidos, e de quem sentaria ao lado de quem, à noite.
No sábado, imaginou e pôs de lado uma porção de desculpas para não ir à festa. Se não fosse por Harry, não perderia a festa por nada. Já tinha ouvido uma porção de histórias sobre os Natais passados, e todas pareciam muito interessantes. Mas naquela noite não queria ver Harry e Cher juntos. Sabia que Louis e Eleanor ficariam muito desapontados, se não aparecesse. Harry, naturalmente, estaria entretido com a futura noiva e nem notaria a sua ausência... ou será que notaria? Bem, se notasse, pior para ele.
Depois de um tempo resolveu que iria à festa. Harry que se danasse! Escovou o cabelo diante do espelho e novamente mudou de ideia: era melhor ficar em casa e evitar novos problemas sentimentais. Quando Eleanor ligou para perguntar se queria carona, gaguejou, sem saber o que dizer.
— Escute, Els, estou com a pior dor de cabeça do mundo — mentiu. — Minha garganta também dói; acho que peguei uma gripe. Vou para a cama, depois de tomar um chocolate quente.
—Tudo bem.
— Afinal, posso não aguentar ficar lá a noite inteira — explicou. — Por isso, prefiro ir no meu próprio carro. Assim, ninguém precisará se preocupar comigo, se a gripe piorar.

Depois do telefonema, (S/N) perambulou pelo apartamento, furiosa por sua covardia. Às seis horas, estava mesmo com dor de cabeça. Por ironia, quando terminou de se vestir e estava pronta para sair, às quinze para as sete, começou a espirrar. Tomou duas aspirinas e sentou-se na poltrona mais confortável, de olhos fechados.